Reservando Lembranças

       Buenas, pessoal. Como alguns de vocês já devem saber, eu pedi a Marcinha em casamento sábado e eu gostaria de compartilhar um pouco desse momento com vocês, mas principalmente sobre o que ele significa para mim.

       Quando estamos muito felizes, é natural querermos compartilhar nossa alegria com os outros e como o blog também é um espaço onde eu divido alguns experiências pessoais, algo tão importante para mim não poderia passar em branco: A Livraria Cultura era meu lugar preferido em Porto Alegre, assim como para a Marcinha antes de a gente se conhecer. Nós nos encontramos pela primeira vez lá, então é realmente um lugar especial para gente. Quando eu pensei em pedir a Márcia em casamento, não havia lugar melhor - e assim aconteceu, mas não pense que eu fiz um fiasco para todo mundo ver. Eu queria que esse momento fosso nosso e demais ninguém, como uma lembrança que você guarda numa caixinha escondida e abre em segredo de vez em quando para sorrir sozinho.

      Essa de certa forma é uma das coisas que dão sabor aos momentos mais especiais, mas as pessoas parecem que estão engolindo um atrás do outro sem sentir o gosto. Coisas são feitas já pensando em transformá-las em verdadeiros eventos virtuais, conferindo de minuto a minuto quantas curtidas recebeu ou se alguém já comentou. Não que seja ruim você mostrar o que está fazendo, eu mesmo fiz um post sobre minha viagem à Rolante, mas oque eu estou querendo dizer é que aqueles momentos que vivemos longe dos olhos do mundo e ficam na nossa memória só para a gente estão ficando cada vez mais difíceis de acontecer. Hoje em dia, não são raras as vezes em que vamos para um lugar qualquer comer alguma coisa e segundos antes de abocanhar a comida percebemos que temos que esperar o cidadão com que estamos tirar uma foto do prato para dizer a todos oque está comendo. Eu vejo nesse exagero de registro egocêntrico uma banalização da vida, mas essa é apenas a minha opinião.

      Deixo a todos aqui a sugestão de que vocês também subam no palco com teatro cheio ou sem platéia sabendo que o melhor aplauso é o próprio sorriso no rosto. Aquele abraço!

Felipe Essy