sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Vinil Ainda Vive

        Buenas, pessoal! Há um tempo atrás muita gente discutia qual era o melhor, CD ou vinil, hoje em dia só românticos como eu ainda compram CDs e poucas pessoas ligam para isso, mas o vinil voltou a ganhar as prateleiras e quem não curte os bolachões não entende por que tanta gente teima em usar essas mídias obsoletas. Será que são mesmo?


         Muita gente não entende por que escutar vinis. Grandes, precisam ser virados quando o lado acaba e não são muito práticos. Sendo assim escutar discos atualmente é antes de tudo um hobby romântico. O ato de pegar aquele bolachão da prateleira, contemplar a capa (bem maior que de um CD) e fazer todo aquele processo para usar a vitrola: girar o botão para phono, acomodar o disco no prato, ajustar a velocidade e delicadamente pousar o braço da agulha esperando a mágica acontecer. Quando a primeira nota toca não há coisa melhor. Além disso fique você sabendo que tecnicamente falando o CD nunca alcançou a qualidade de um vinil:

        Tudo começa ainda no processo de gravação, pois o áudio é analógico por definição. Enquanto o CD tem que convertê-lo em sinais digitais, o vinil reflete o áudio original, imprimindo os sinais analógicos diretamente no disco, sem nenhuma perda de informação. Já a conversão para o formato digital consegue captar o sinal analógico apenas até determinada velocidade, havendo perdas de informação no processo. Sons de transição repentina como bateria e trompete sofrem distorção por causa da velocidade de captura.


          No gráfico acima fica fácil perceber a perda de informações durante a compressão digital do áudio, no entanto também não podemos esquecer que qualquer poeira sobre a superfície do vinil prejudica sua reprodução, além de ser mais sensível a arranhões do que o CD. Enfim, tudo é uma questão de preferência. No meu caso, eu gosto de escutar bandas antigas em vinil e as novas em CD por uma questão de puro romantismo, afinal minha vitrola não é tão boa que a qualidade de som tenha alguma diferença, mas mesmo assim ouvir vinis é tudo de bom.

Essa semana consegui uma vitrola para tocar meus discos que há mais de cinco anos não tinham onde serem executados, infelizmente ela veio sem as caixas de som e como eu não tinha nenhuma por casa, resolvi “dar um jeito”: Eu ganhei da minha tia uma eletrola enorme que fora da irmã da minha avó. Sabendo que meu pai antigamente costuma desconectar os fios do auto-falante para plugar em outros aparelhos, resolvi fazer o mesmo puxando os fios para a vitrola que eu tinha trazido. Foi emocionante ver aquele “móvel” soar músicas que há muito tempo não se escutavam pela casa. O primeiro disco que eu coloquei foi a coletânea Beatles Forever da época da Apple na faixa “Day Tripper”. Fiquei o resto da semana ouvindo meus discos dos Beatles, minhas trilhas de Hair e Somewhere in Time e até alguns 78 rotações de sabe-se lá quando. Vinil é mesmo para quem gosta desse tipo de coisa e, para apaixonados como eu, música boa vai bem em qualquer rotação.


Felipe Essy

4 comentários:

  1. Oi Felipe.

    Até hoje compro vinil. tenho bastante coisa. Vez por outra vou nas lojinhas embaixo do viaduto da Borges, em POA e escolho alguma coisa. Realmente é uma curtição.

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    1. Curti vinil é todo aquele processo romântico que só que gosta sabe, desde cavocar os balaios de usados até a hora de ouvir aquele chiadinho

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  2. Muito legal seu post ! Legal você falar um pouco disso. Confesso que eu não uso o vinil no meu dia-a-dia, mas já ouvi muito antes do CD. Acho que o que pega é a compressão né ? Comparando o CD com o MP3, por exemplo, sinto diferença na hora de ouvir ALTO : o CD sempre toca mais alto e claro, nem sempre o MP3 alcança. Mas no fone de ouvido e num volume mais "ambiente" fica elas por elas... Mas sim, o chiadinho tem seu romântismo ! E tem tudo a ver ouvir clássicos no vinil :)

    Abraços ! Adriano - www.amtonline.com.br

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    1. Valeu Adriano! ;) Ao mesmo tempo que o vinil captura o som de uma forma mais ampla, sua reprodução é muito mais comprometida por arranhados, poeira sobre as ranhuras, além do chiado clássico. No fim das contas o que interessa é o romantismo do bolachão, o resto é questão de gosto. Um abraço!

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