quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Superman no Cinema

        E aí, pessoal. O Homem de Aço está em cartaz, mas você sabia que esse já é o oitavo filme do Superman? Eu vi alguns deles, mas já faz tanto tempo que eu resolvi ver tudo de novo para falar um pouco sobre eles para quem já viu e não lembra ou quem nunca assistiu e quer conhecer melhor a mitologia do herói da capa vermelha.



SUPERMAN AND THE MOLE-MEN - 1951

        A primeira adaptação do Superman para as telas não contava com a intensidade das cores de seu uniforme, mas nem por isso ele ficou menos extravagante. Nesse filme de uma hora, Clark e Lois investigam estranhos acontecimentos ligados a um estação de extração de petróleo. Mais com cara de ficção científica do que uma história de super-heróis, os buracos de grande profundidade abrem passagem para estranhas criaturas chamadas de mole-men, ou "homens-toupeira", subirem à superfície, deixando uma pequena cidade em pânico. Logo as criaturas passam a ser caçadas por um grupo de moradores, mas Clark descobre o plano, evitando o conflito entre as criaturas e a cidade como o Superman.


       O filme não é tão tosco quanto parece a princípio. O fato de o Superman defender as criaturas ao invés de caçá-las como normalmente se faria com invasores é interessante por que o centro do filme não está na ação ou aventura, mas sim nos conflitos culturais. Na verdade o Superman pouco aparece e sua presença poderia facilmente ser descartada no filme, ofuscado por Clark e Lois que parecem muito mais detetives dos antigos filmes de suspense do que repórteres de um jornal.


SUPERMAN I - 1978

        O interessante sobre esse filme é que mesmo quem não gosta do Superman sempre o incluí na lista de melhores adaptações de quadrinhos para o cinema e não é raro ele ficar em primeiro, mas é inevitável se perguntar como um produção de 78 sobre um super-herói de cueca por cima das calças pode ser melhor que o X-Men de 2000 ou o Homem de Ferro de 2008? Eu não esperava muito do filme quando fui assistir, mas não foram necessários mais do que alguns minutos para eu perceber que eu não estava vendo apenas mais um enlatado americano, por mais incrível que pareça.


        O primeiro filme de Star Wars foi lançado lançado um ano antes, mudando a forma de fazer filmes, e assim como ele o Superman de 1978 apresentou um personagem de histórias em quadrinhos de uma forma tão rica que influenciou muitas produções posteriores de ficção científica no cinema. O filme de Richard Donner chama a atenção logo no início pelo prólogo sobre a destruição de Krypton. Ao invés de fazer apenas algumas cenas curtas para explicar a origem do super-herói, o diretor se preocupou em construir uma representação do planeta natal do Superman de modo que mostrasse toda o avanço tecnológico e filosófico de uma civilização sem estourar o orçamento. Como toda boa ideia, o resultado foi um cenário muito simples de elementos brancos e transparentes que mostrou muita coisa e explicou somente o suficiente para que a imaginação do espectador desenvolvesse o resto.

     O ritmo do filme também não segue a linha de um blockbuster: Normalmente produções voltadas para um publico mais jovem como essa tendem a ser mais dinâmicas em detrimento da exploração do enredo, o que não acontece em Superman. Apesar de não ser tão profundo assim, o filme não deixa de apresentar satisfatoriamente nenhuma cena ou personagem, dando a sensação que não foi feito só para arrecadar bilheteria, mas por alguém que realmente queria fazer um bom filme. Tanto é verdade que Richard Donner decidiu filmar o filme e uma sequência de uma vez só, tendo 85% de Superman II quando parou para finalizar a edição do primeiro filme, pois isso não é a toa que vemos o antagonista Zod de Superman II aparecendo no início do primeiro.


       Eu já estava satisfeito com a introdução de Krypton, mas a produção de 1978 continuou o que estava bom. Nos quadrinhos, pouca atenção se dá para o personagem central quando encarna Clark Kent, como se fosse apenas uma roupa que o Superman usa quando não está à trabalho, no entanto o filme sabiamente trabalhou muito mais o super-herói vivendo em sociedade do que voando por aí. A produção também não tentou mostrar o momento em que o Clark se torna o Superman, apenas revelar o que o levou a se tornar um protetor da humanidade enquanto ele vestia seu uniforme, afinal dizer que a mãe dele improvisou toda aquela fantasia em casa não cola (e olha que já tentaram isso nos quadrinhos).

      A direção de Richard Donner foi importante, mas esse é um dos poucos casos em que uma única atuação também foi igualmente essencial para consagrar um filme. Christopher Reeve interpretou o Superman nos quatro filmes da série original e é impossível cogitar qualquer substituto. A expressão simpática do ator quando interagia com os outros personagens parecia tão sincera que nos fazia acreditar que o Superman se preocupava com as pessoas pelo simples fato de gostar delas, e não por um puro altruísmo, tornando o personagem um pouco mais humano. Um outro fator que contribui muito para o sucesso do filme foi o humor bem dosado que permitia fazer muitas coisas que poderiam parecer forçadas demais numa situação real, como a cena em que Clark fala sem querer de tudo que há na bolsa de Lois, revelando seu poder de raio-X, e os dois ficam sem dizer nada por um momento numa situação que ficou perfeita como uma piada, mas jamais poderia ter acontecido de outra maneira. Talvez a única grande mancada desse filme seja a ridicularização do personagem de Lex Luthor, o principal inimigo do Superman.



       Lex Luthor originalmente foi concebido nos quadrinhos como um cientista genial que usava seu poder para causar grandes catástrofes ao seu benefício, despertando assim a interferência do Superman que logo se tornou seu objetivo de vingança, sendo posteriormente transformado num executivo corporativo sem limites, no entanto sempre mantendo a imagem da mente mais poderosa da humanidade e a única capaz de confrontar Superman. Nos filmes da série clássica, o personagem acabou virando um vilão atrapalhado de comédia pastelão, morando escondido abaixo da cidade de Metrópolis. É verdade que Gene Hackman deixou o personagem tão carismático quanto o próprio Superman, mas isso não muda o fato de o principal antagonista do super-herói ter sido totalmente desvirtuado as custas de piadas. Outra personagem marcante no filme é a repórter Lois Lane, o amor do Superman. A atuação de Margot Kidder é tão cativante quanto a de Reeves, e o diretor soube conduzir a construção da personagem de modo que tivesse personalidade o suficiente para se destacar, mas não demais que virasse um clichê da mulher independente. O momento em que Superman leva Lois para voar sobre Metrópolis é sem dúvida uma das melhores cenas românticas do cinema, que mostra o sentimento que cresce entre os dois sem que nenhuma palavra precise ser dita.

     A trilha de Superman composta por John Williams é tão marcante quanto o uniforme do personagem e o compositor dos temas imortais de Star Wars, Indiana Jones e Tubarão fez mais um de seus trabalhos que entraram para a história do cinema. A música de abertura do filme consegue fazer uma verdadeira representação musical do personagem, como afirma o canadense Mark Richards em seu blog Film Music Notes. O filme começa com uma introdução musical de metais parecendo anunciar a aproximação de um grande acontecimento, sendo acompanhado por mais instrumentos numa acentuação comumente usada para brindar o heroísmo que é seguida por uma marcha que "sobe" as notas como se algo se aproximasse, ascendesse no ar, culminando na explosão do refrão que virou um ícone da cultura pop e também lembra os outros temas famosos de Williams.


SUPERMAN II - 1980


      Quando o primeiro filme acaba, temos a sensação de que apenas o início da história foi contada, mas não é mera coincidência, pois é exatamente isso que o diretor pretendia. A primeira cena do filme anterior mostra o pai do Superman, Jor-El, condenando três kryptonianos que tentaram tomar o planeta ao exílo na chamada Zona Fantasma. O que inicialmente parece uma cena sem conexão com a história do filme se mostra o início da trama da sequência: O general Zod, junto com seus dois cúmplices são salvos da destruição de Krypton em seu exílio e acabam escapando da Zona Fantasma depois de uma explosão no espaço, mas assim como Superman tem seus poderes ampliados pelo Sol, Zod e seus parceiros também descobrem que podem governar o nosso planeta tão bem estabelecido no sistema solar.


       Apesar de fazer muito pouco que mostre explicitamente o tamanho de seu poder, a austeridade e superioridade de Zod interpretado por Terence Stamp é tão boa que você se convence de tudo que ele aparenta sem ouvir muito. O figurino dos kryptonianos completa a personalidade dos personagens com uma cor negra que parece sugar a luz ao redor, como o traje de Darth Vader. Igualmente ao primeiro filme, Superman II perde a chance de fazer grandes diálogos e reflexões dos personagens perante algumas situações, como quando Zod se entedia por ser o ser mais poderoso do mundo ou quando Superman tem que destruir as únicas criaturas que ainda existem semelhantes a ele, no entanto o filme não chega a cair na superficialidade gratuita. Lex Luthor reprisa seu papel dispensável de palhaço e Lois descobre a identidade de Clark, deixando novamente a vontade de assistir mais.


SUPERMAN III - 1983


       Logo na abertura você percebe que tem alguma coisa errada. Ao invés dos créditos passarem voando pela tela num fundo escuro antes do filme começar, a primeira cena é como uma mulher atraente desencadeia uma série de problemas. Não que eu goste tanto assim da abertura original, mas ficou algo meio desnecessária e essa sensação pode resumir o filme inteiro. Apesar da atuação de Richard Pryor como o atrapalhado desempregado Gus Gorman ser hilária, a presença de seu personagem é injustificada durante boa parte do filme, oque deixa o espectador se perguntando o que ele está fazendo ali. Pode se dizer o mesmo do vilão, Ross Webster, que é apenas um grande empresário que não representa nenhuma real ameaça ao Superman e isso é essencial para justificar qualquer filme do herói, mas nem tudo foi em vão.



      Sendo exposto a uma kryptonita alterada por Webster, o Superman torna-se malicioso e egoísta, mostrando finalmente um conflito interno sobre quem ele realmente é, mesmo que de uma forma meio superfial, na cena em que Superman e Clark Kant lutam para ver quem predominará. Talvez o maior mérito do filme e a única coisa que realmente o salva de ser esquecido é a presença da personagem Lana, amiga de infância de Clark em Smallville. O romantismo entre os dois personagens faz Clark considerar uma existência além do salvador da terra, terminando no fim do filme com Lois voltando de férias e se deparando com uma "concorrente", o que parece um pouco estranho, pois Clark e Lois parecem não estarem juntos ao contrário do que sugeria o final do filme anterior, oque é confirmado no quarto Superman da franquia.


SUPERGIRL - 1984



       Esse foi o único filme que eu não assisti por não ter achado uma versão com áudio original, mas dei uma boa olhada em alguns videos comentados e creio que eu posso falar um pouco para vocês sobre oque eu achei. Apesar do aparente carisma de Helen Slater como Supergirl, seu personagem aparentemente não tem ideia de seu papel no filme. Supergirl começa mostrando uma civilização extra-terrestre como Krypton, mas nada é explicado, devendo ser uma colonia de sobreviventes ou algo do tipo. A cidade é abastecida por uma fonte de energia, o Omegahedron, no entanto ele é perdido no espaço e cai nas mãos da humana Selena que tenta utilizá-lo para dominar a Terra. Em busca do Omegahedron, Supergirl vem para a Terra e assim como Superman ela ganha poderes ao se aproximar do Sol. Ela se faz passar por estudante, tornando-se colega da irmã de Lois, mas sua aparente tentativa de viver em sociedade não faz muito sentido já que ela deveria estar procurando desesperadamente o Omegahedron antes que seu povo enfrentasse mais problemas, ao invés de tentar se enturmar. No fim das contas, a maioria das pessoas acha que o filme desperdiçou uma série de oportunidades de apresentar e aprofundar uma série de personagens, mas vale assistir como uma visão do que poderia ter sido e não foi.


SUPERMAN IV - 1987



        O quarto e último filme da franquia original com Christopher Reeves finalmente deu um passo a frente na história do personagem. Enquanto o primeiro e o segundo desenvolvem o Superman ainda inexperiente e o terceiro apenas um desafio sem dificuldade para o herói, o quarto filme apresenta um oponente que realmente pode destruir o Superman: o Homem Nuclear. Lex Luthor consegue um fio de cabelo do Superman e com ele tenta criar um clone para destruir seu oponente, jogando uma "receita biológica" no sol junto com uma explosão nuclear. Assim nasce o Homem Nuclear, que apesar do nome realmente convence pela interpretação. Claro, tem a roupa extravagante sem explicação e tudo mais, mas o personagem é tão interessante que faz o filme valer a pena. Durante Superman IV também vemos uma história paralela da transformação do Planeta Diário em um jornal sensacionalista, mas o mais curioso em relação ao nucleo de reportagem da filme é que Lois não se lembra que Clark é o Superman, por causa de uma espécie de hipinose, o que eu considerei um retrocesso na trama, pois o segundo filme termina justamente com a revelação e o esperado desenrolar dessa história é simplesmente omitida no terceiro e descartada no quarto. Mesmo com todos os pesares, o filme conseguiu evolui em relação aos anteriores eu curti bastante.

SUPERMAN: O RETORNO - 2006

    Quando assisti a primeira vez esse filme, não achei ruim, mas não me agradou muito, principalmente o fato de o Superman ter um filho. Bem, isso já faz bastante tempo e eu não havia assistido todos os filmes originais, o que realmente faz muita falta para entender 50% do que aparece.


      A produção assinada por Bryan Singer, que inaugurou o novo movimento cinematográfico de adaptação de histórias em quadrinhos para o cinema com X-Men (2000), não poderia ter sido mais ideal para dirigir o retorno do Superman para as telas depois de quase vinte anos. Ao invés de dar continuidade a antiga história parou ou começar uma nova franquia, Bryan realizou o filme como uma sequência alternativa para o segundo filme que terminou com Lois descobrindo a identidade de Superman/Clark, no entanto ele foi feito de modo que mesmo quem não havia assistido aos filmes antigos entendesse a história, mas a apropriação que eu fiz vendo Superman - O Retorno depois de assistir a todos os outros é muito diferente - e muito melhor. O filme é cheio de referência a frases das antigas produções e imagens icônicas como a capa da primeira revista do Superman.

       Felizmente, Bryan Singer também devolveu a dignidade a um dos principais personagens da trama, Lex Luthor: O vilão é o primeiro a ser apresentado no filme, como um visionário obstinado e sem escrúpulos que alia sua sede de poder com a vingança pessoal contra o homem de aço. Jimmy Olsen continuou tão caricato quanto o original, no entanto já não se pode dizer o mesmo sobre o editor do Planeta Diário. Quem realmente superou as expectativas no filme foi o jovem Brandon Routh, no papel principal.


     Chritopher Reeves interpretou impecavelmente a versão infanto-juvenil do homem de aço, no entanto Brando Routh conseguiu representar um Superman que não somente reflete sobre seu papel no mundo, mas que também é afetado por ele. Nesse filme, vemos uma das poucas versões críveis do Superman, um personagem mais humano e que consegue justificar sua existência não como um puro altruísmo, mas por não conseguir recusar ajuda. A única ressalva que eu tenho sobre os interpretes de Lois e Clark é a idade deles: Eles são jovens demais para os papeis, tendo em vista tanto a idade dos atores da franquia original quanto da vivência dos personagens, mas no fim o roteiro foi tão bem construído que consegue homenagear quem conhece as obras e não subestima os menos informados. Destaque para a incrível fotografia do filme e a trilha de John Ottman, que pareceu ser a única que se destacou depois de John Williams, sabendo usar o tema original com moderação.


       Desculpem o atraso na publicação do post, pessoal, mas deu para ver que não foi fácil! Até o final dessa semana eu estarei publicando o post sobre o novo filme do Homem de Aço em cartaz. Aquele abraço!

Felipe Essy

5 comentários:

  1. Faz muito tempo que assisti os filmes com Christofer Reeve, me deu vontade de revê-los. heheh
    Realmente um belo trabalho de revisão cinematográfica. Parabéns!
    Só tenho uma pergunta: O filme de 1951, que mostra o Superman defendendo os monstros, não faz referência ao contexto da guerra fria? Será que estes super heróis vestidos de azul e vermelho não tem um objetivo frente ao imaginário social?
    Claro que é só uma pergunta! heheh
    Abraço!

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  2. Valeu Antonio, adorei as perguntas!

    Os quadrinhos sempre refletem o contexto no qual é produzido, e no caso dessa adaptação do Superman não foi diferente: A Segunda Guerra foi essencial para os Estados Unidos se tornarem uma potência cinematográfica enquanto a França, Alemanha e a Inglaterra estavam envolvidas demais nos conflitos, mas pouco depois a "Ameaça Vermelha" despertou a paranoia americana, e não demorou para que fossem sancionadas leis restritivas para que simpatizantes do movimento comunista não usassem filmes como meio de propagação de suas ideias. Muitos estúdios realizaram filmes anti-comunistas e patrióticos nessa época para despistar a censura. o Superman de 1951 é um desses exemplos, mas ao mesmo tempo que apoia a nação americana, ele também critica o medo paranoico sobre culturas e pensamentos diferentes de um modo quase pedagógico. Nos quadrinhos, a Marvel também está cheia de exemplos, desde o óbvio Capitão América até as primeiras aventuras do Homem de Ferro contra os Vietnamitas. Vale a pena conferir os quadrinhos "Entre a Foice e o Martelo" da DC onde vemos o que teria acontecido se o Superman tivesse defendido a bandeira de Stalin.

    Espero não ter me empolgado muito e respondido tuas perguntas ;)
    Um abraço!

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    Respostas
    1. Bah! Fiquei curioso em ler este quadrinho "Entre a Foice e o Martelo" heheh
      Fiz as perguntas justamente pq fiquei tentando contextualizar o enredo "engraçado" dos monstros subterrâneos sendo "respeitados" pelo Superman e a realidade social estadunidense da guerra fria. hehe Muito boa contextualização na sua resposta!
      Cara, acredito que qualquer estudo, seja das ciências sociais ou não, torna-se atrativo pelas sutilezas reveladas em seu objeto! Acho que é justamente isso que fez tão instigante o teu estudo sobre o Superman no cinema! Muito bom!

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    2. Valeu mesmo Antonio! Eu gosto tanto de quadrinhos, cinema e arte em geral justamente por isso que tu apontaste. Podemos fazer várias leituras diferentes do mesmo objeto tendo em vista que ele contém traços de todos os fatores ao qual foi exposto durante sua produção, o que permite descobrirmos novas camadas de informação a cada vez que estudamos seu contexto e inclusive entendermos melhor nossa própria realidade.

      O novo filme do Superman, "O Homem de Aço", é um bom exemplo disso na minha opinião. Nessa nova representação do personagem, há várias leituras possíveis de sua existência e motivação que nos fazem refletir sobre nossos próprios princípios morais em relação às mesmas situações, fugindo um pouco do filme de super-heróis convencional. Acho que tu iria gostar desse, rende uma boa "leitura".

      Aquele abraço! ;)

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