quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sem Lenço em Documento


         Buenas, pessoal! Não é segredo para ninguém que eu gosto muito de música brasileira dos anos 60, principalmente os Mutantes e Caetano. Felizmente eu e um monte de gente estamos tendo a oportunidade de conhecer melhor esse período e as obras dos artistas que foram abafados e/ou consagrados na época. Aqui vão então alguns materiais que você pode conferir para conhecer uma pouco mais desse pessoal: 



TROPICÁLIA – 2012 

         Esse documentário incrível do Marcelo Machado traz uma análise do movimento tropicalista que marcou definitivamente a cultura brasileira, não apenas mostrando vídeos e depoimentos, mas criando um ambiente onde o espectador entende o que estava acontecendo na época, nos fazendo verdadeiramente sentir a atmosfera que deu inspiração e coragem aos artistas tropicalistas. Tudo isso numa releitura sob a ótica do movimento numa visita pelos conceitos do Tropicalismo e suas histórias. 

LOKI – 2008 

      Dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, o documentário que primeiramente era apenas um especial para o Canal Brasil sobre uma das principais figuras da banda Mutantes, Arnaldo Baptista, tomou uma proporção grande demais gerando esse. Arnaldo foi uma peça fundamental para os Mutantes, trazendo o experimentalismo e sensibilidade que marcaram a banda, no entanto a sua separação com Rita Lee e o envolvimento com as drogas tornaram-no um personagem tragicamente admirável. Se você gosta dos Mutantes, vale a pena conferir esse documentário imperdível que traz depoimentos, vídeos, fotos, gravações e muita informação. 




UMA NOITE EM 67 – 2010 

        Numa abordagem mais sutil, o documentário assinado por Renato Terra e Ricardo Calil nos mostra o famoso III Festival da Música Brasileira da TV Record, em que se apresentaram alguns dos principais nomes da nossa música na época como Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos e por aí vai. Sob uma perspectiva além da visão de espectador, é apresentada cada uma das musicas concorrentes contextualizando sua criação e impacto, com interferências discretas que nos mostram o suficiente para entendermos o real significado e importância daquele festival sem grandes interrupções entre uma e outra música, fazendo nos sentirmos lá naquela noite em 67. 





A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM – 2012 

      Nelson Pereira Santos nos apresenta as obras de Tom Jobim de uma forma incomumente documental: no lugar de fotos e depoimentos, temos gravações do Rio de Janeiro dos anos 50 que nos inserem no contexto do compositor e músico que compôs muitas das canções mais emblemáticas da MPB, no entanto o a principal característica do documentário pode ser também um aspecto que limite sua apresentação apenas àqueles já familiarizados com a obra de Tom Jobim. 


JORGE MAUTNER: O FILHO DO HOLOCAUSTO – 2013 

        O título de impacto se refere a Jorge Mautner, o filho de dois imigrantes que vieram para o Brasil fugindo do terror da Segunda Guerra Mundial, e que mais tarde conheceu sua própria luta em território tupiniquim durante a ditadura militar. Considerado um proto-tropicalista, Jorge Mautner foi um dos artistas brasileiros exilados por lutarem pela libertação da expressão e consumo cultural no Brasil, embora não tenha participado do Tropicalismo. Isso acabou não impedindo que conhecesse Caetano Veloso e Gilberto Gil no exílio em Londres, com quem compartilhou ideias e ideais pensando na viagem de volta para o holocausto do Brasil. O filme é assinado por Pedro Bial e Heitor D’Alincourt. 




       Definitivamente os últimos anos foram generosos com os apreciadores de documentário e principalmente para aqueles que, como eu, amam o período tropicalista. Espero que tenham gostado, aquele abraço! 

F. Essy

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