segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Coisas Que O Vento Diz

Depois de muito nervosismo, poucas horas dormidas e muito trabalho, a nossa Feira do Livro terminou e ficaram as lembranças dos dias em que nós vivemos freneticamente a nossa cultura. Essa frase pode parecer uma mistura destemperada de saudade e exagero, provavelmente é, mas é verdade. Digo isso por que professores, livreiros, atores, escritores e tantos outros que gostam de arte se juntaram, discutiram, planejaram, construiram e realizaram um evento no qual se dedicaram semanas em prol de um única causa: viver cultura.

Sim, foi uma feira pequena, mas muito aconchegante. Acho que na verdade foi exatamente o que deveria ter sido. Não um mega evento cheio de shows e atrações deslocadas da proposta para atrair público, mas sim o primeiro passo para um longo caminho. Um espaço onde pessoas interessadas em arte encontravam outras pessoas que também gostavam. Muitas vezes fiquei na porta da casinha da La Mancha conversando com o pessoal da livraria e tirei um pouco da roupa do Chapeleiro Maluco para jogar uma conversa fora com o pessoal da organização que dava uma pausa para repor as energias. Conheci pessoas que eu já conhecia pelo trabalho em blogs e em iniciativas culturais na cidade.

Tenho certeza que muita gente fechará essa página, mas me convenci que Santo Antônio está iniciando um circuito cultural. Aparentemente impossível quando reclamávamos de que a cidade era o fim do mundo, que não tinha nada para ver ou se fazer, vejo que as coisas estão mudando para melhor de uns tempos para cá. Atrair público ainda é um problema quando se trata de eventos menos convencionais, mas o número de pessoas interessadas e empenhadas em iniciativas culturais é cada vez maior e acho que o vento trará coisas boas.


F. Essy

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