quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A Volta ao Mundo em 33 Rotações

        Buenas, pessoal! Eu sou uma pessoa que gosta de rituais românticos como passar café apreciando o ar da manhã ou escutar um bom disco enquanto manuseio a capa. Hoje eu vou falar um pouco sobre esse último, mais especificamente dos vinis que eu mais gosto e aquelas pérolas que eu garimpei por aí. Curte aí:


      O primeiro vinil que eu escutei foi o Help dos Beatles, só para escutar a faixa título, mas deixando o resto tocar descobri que aquela banda tinha uma sensibilidade musical que me cativou, talvez pela semelhança aos Bee Gees que eu cresci escutando com meu pai. Fuçando nos antigos vinis da minha tia que estava há muito tempo guardados eu encontrei o Rubber Soul e o meu preferido, a coletânea Beatles Forever que escutei por semanas a fio. Ainda sonho em ter o Abbey Road e o Magical Mistery Tour, mas eu chego lá.


       Eu cresci escutando as musicas antigas que meu pai gostava e naturalmente meu gosto musical se inclina para bandas de outra época. Uma delas que eu ouvi muito com ele foi o ABBA e frequentemente eu escuto esse disco que tem faixas que eu adoro como “SuperTrouper” e “Gimme!Gimme!Gimme!


     Um tempo atrás minha eletrola quebrou e fiquei um bom tempo sem escutar meus bolachões. Visitando uma tia da Márcia, comentei o fato e eis que ela me diz que tem uma que não usa. Não pensei duas vezes e botei a vitrola no porta-malas com toda cara de pau que a música merece, mas como não vieram as caixas eu resolvi plugar na antiga eletrola da minha tia. Não é que deu certo?


      Assim eu pude finalmente matar a saudade dos meus velhos amigos. Os nacionais são uma unanimidade na minha prateleira e com os vinis não poderia ser diferente. O que eu andei escutando mais foi o disco Chorando Pelos Dedos, do Joel Nascimento, que surrupiei há anos da minha mãe por pura gana nostálgica. As músicas são incríveis, creio que a maioria são interpretações feitas pelo Joel Nascimento no seu bandolim. Se você tiver a oportunidade de escutar vale muito a pena.


        Depois de ouvir repetidamente meus antigos vinis, fiquei querendo ouvir coisas novas... quer dizer, nem tão novas assim. Peguei as pilhas de LPs e 78 rotações que eu não tinha a menor ideia do que eram e comecei a escutar os que me despertavam a curiosidade. Acabei encontrando muita coisa boa, mas o que mais chamou a atenção foi de longe o disco homônimo da banda alemã Genghis Khan, que além de se vestir com toda extravagância que os anos 70 permitiam, também misturavam o pop do ABBA com a polka alemã nos embalos da dança russa. Assista o vídeo da canção “Moskow” no Youtube que você vai ter uma noção do negócio.



      Quem me acompanha há algum tempo sabe que eu amo ouvir trilhas e não poderia ser diferente se tratando de vinis. Apesar de eu ter alguns que eu herdei da minha tia – ou assim será por livre e espontânea pressão, como o ótimo Em Algum Lugar do Passado, eu comprei somente uma em vinil até agora, o Hair. Para quem não conhece o filme, é a adaptação de um musical sobre o movimento hippie nos Estados Unidos durante a guerra do Vietnam. Além das coreografias e figurino serem tudo de bom, a trilha é excelente e valeu cada centavo que eu desembolsei. Além de ter uma capa interna linda, o álbum é duplo e não faltam faixas para querer ouvir como a clássica “Aquarius”, “Hair” e “Black Boys/White Boys”.

     Bem pessoal, há muitos outros discos que eu não falei, mas espero que vocês tenham gostado dessa amostra desse meu material e que procurem conhecer algum que lhes tenha chamado a atenção, mas o post de hoje não termina aqui.

     Pouco antes de publicar eu vi que este era o post número 200 e fiquei especialmente feliz pensando em quanto o blog evoluiu nesses três anos através de muito trabalho e dedicação, tendo as publicações interrompidas muito raramente quando há obstáculos de força maior, como o problema do meu PC semana passada. Por mais que escreva e faça quase tudo sozinho, grande parte do que eu gosto no blog hoje em dia só foi - e continua sendo - possível graças a grande ajuda da Marcinha, que não apenas escuta eu lendo as postagens por telefone de noite antes de publicar e quase sempre é a primeira pessoa com quem eu discuto os assuntos da que eu escrevo, mas por que realmente faz muita coisa pelo projeto e também acredita nele. Obrigado por tudo, tu é uma das principais razões de eu gostar tanto do que eu faço. Um grande abraço a todos e nos vemos semana que vem!

Felipe Essy 

4 comentários:

  1. Parabéns pelas 200 publicações!!!! E agradeço o agradecimento (pleonasmo redundante)!!! rsrsrssrrsr
    Você tem talento para escrever e não percebo isso apenas pelos posts do blog, claro que você faz eu ouvir/ler tudo que você escreve é muito bom discutir cada ideia que sai dessa cabeça aí! Aos poucos os sonhos vão tomando forma e as coisas vão acontecendo como o portal, os vídeos, o livro... enfim tanto projeto né?! Mas eu acredito em todos eles e já disse que no livro eu quero uma página inteira de agradecimento. Sucesso em todas os seus/nossos projetos porque você realmente tem talento!!!!!!
    Ah, e vale lembrar que se não fosse por mim, sua agente, nem teria tanto post assim!!!!!!!!!!!!

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    1. É essa troca de informações que nós temos nas nossas conversas sobre os livros e filmes que me faz gostar tanto de escrever.Quem acompanha o blog há um tempo pode notar a diferença dos posts do ano passado para cá, até mesmo no número de publicações, pois só com muita da tua paciência e ajuda eu pude começar a fazer dois posts semanais. Isso sem falar em tudo que a gente tagarela sobre nossos projetos... enfim, como é bom poder contar com essa companheira que além de uma mulher maravilhosa é uma baita agente! ;)

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  2. AGORA UM COMENTÁRIO SOBRE O POST: Um fiasco sair por aí pedindo o 3 em um dos meus parentes né.... mas eu vi sua cara de felicidade. Ruim mesmo foi chegar em casa e ter que ouvir Sidnei Magal e Leandro e Leonardo.
    Tá, o L&L fui eu quem colocou para ouvir, e eu sabia todas as letras!! srsrsrsr
    Não posso falar muito sobre discos porque não entendo mesmo mas sei que a sua coleção é grande e que tem raridades, e foi bom ver aquela eletrola antiga funcionando. Que bom que ainda tem gente que valoriza a música como manifestação artística e cultural e não apenas como objeto comercial. Adorei o post! A e aquela banda que parecia música do jaspion!

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    1. Eu não poderia deixar aquela oportunidade passar, né Marcinha. Eram horas e horas de diversão e devaneio em jogo... Além disso, não da para negar que o vinil tem um charme todo especial e eu ainda vou te fazer escutar muita banda "jaspion", vai te preparando hahahaha

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