Músicas de Banho

        Buenas, pessoal! Todo mundo tem aquela música que só canta no chuveiro ou uma banda que escuta longe do ouvido dos outros por que sabe que não agrada muito e como eu cresci escutando as músicas do tempo do meu pai, não faltam exemplos no meu caso. Hoje eu acordei com vontade de compartilhar minha alegria musical com a humanidade e você vai ter que me aguentar, então aproveite o cheiro de mofo sem moderação.

ELTON JOHN

     Quase um Roberto Carlos britânico, o Sir Elton John é mais lembrado como o ícone da causa gay nos anos 80, no entanto ele é muito mais do que seus óculos fiasquentos podem parecer à principio.

    Elton John começou tentando ser rockeiro, mas percebeu que era musicalmente sentimental demais para o gênero e abraçou sem vergonha o que gostava de fazer, que era uma boa canção ao piano sem se importar se era clássico, pop ou qualquer coisa e assim são feitas as boas músicas, na minha opinião. Não vou ser ingênuo dizendo que Elton John não pensava em sua fama, por que ele gostava de fazer shows e não há como realizar espetáculos se você não pensar na plateia, mas por mais que ele levasse o publico em consideração, Elton John nunca deixou de fazer o que queria por causa da repercussão e isso com certeza garantiu a qualidade do seu trabalho.

     Hoje em dia, apesar de continuar a gostar do que faz, Elton John parece tocar mais como um trabalho do que uma arte, tocando seus velhos sucessos – e não há nenhum problema nisso, mas de qualquer forma, Elton John é um grande músico por que nunca fez música por fazer, e sim por que era o que queria ter feito.

Músicas para sair cantando sem saber a letra:

Your Song

Sorry Seems to Be the Hardest Word

Goodbye Yellow Brick Road

BEE GEES

    Dos que eu vou falar, esses são com certeza os que eu mais escutei. Apesar de serem constantemente lembrados pela sua fase influenciada pela música disco e do vocal em falsete, mas ter isso como referência é como julgar os Beatles por Twist and Shout. Eu apresento a você os Bee Gees:

      Uma banda de três irmãos que começou nos início dos anos 60 e viveu as décadas seguintes sem perder sua essência melodicamente romântica. Muito influenciados pelo soul e pela sensibilidade dos Beatles antes do disco Revolver, o grupo sempre conseguiu fazer uma musica popular e ao mesmo tempo criativa por que não tentou seguir os novos movimentos musicais como se aderissem a modinhas, mas permitiram-se apropriar de novos elementos para criar músicas simples, porém ricas em melodia.

    A primeira fase é a minha preferida em que normalmente os vocais são arranjados de forma simples como se fosse uma canção improvisada num violão, raramente sendo acompanhada por mais instrumentos do que o realmente necessário, resultando em músicas muito boas que transmitem uma emoção genuína, como se os músicos realmente estivessem se divertindo durante sua criação e não por que pensavam em agradar um publico, diferentemente de outros artistas.

    Durante os anos 60 o mercado musical onde o grupo cresceu se alimentava de produções musicalmente mais românticas e voltadas na melodia, no entanto a década seguinte transformou a música numa forma de entretenimento mais dinâmica, desenvolvendo sua parte rítmica no que culminaria na era disco e isso obviamente influenciou diretamente o trabalho dos Bee Gees, durante a qual surgiu o marcante vocal em falsete, no entanto a banda se tornou tão icônica durante o movimento que sua imagem saiu de moda junto com ele, perdendo seu lugar no mundo pop sedento de novidades.

     Ao contrário da maioria das bandas surgidas na mesma época, os Bee Gees não pareceram estar imitando a si mesmos na sua fase mais recente, pois pareciam apenas nutrir a essência de seu trabalho, tocando como se fosse um hobby de família, que foi o que sempre fez tudo dar certo independente das segundas intenções.

Músicas para cantar ouvindo a chuva:

New York Mining Disaster

To Love Samebody

Run to Me

ABBA

        A breguice do grupo sempre foi inegável, afinal o conceito visual do ABBA parecia cafona até para a época, mas mesmo eu tomando cuidado para não escutá-los em publico, eu sabia que o ABBA eram mais do que uma banda pop do tempo do meu pai. Há pouco tempo, eu resolvi pesquisar um pouco sobre o grupo e eis que eu descobri que a qualidade das musicas não era uma mera impressão minha.

     O nome da banda se refere a inicial dos nomes dos integrantes formada por dois casais de músicos suecos. Eles resolveram se juntarem para concorrer num festival europeu, mas o resultado foi tão bom que a banda não pode deixar de dar continuidade ao projeto.

     Ao contrário dos Bee Gees, o ABBA não era uma banda encabeçado por pessoas que formaram sua carreira praticamente juntas, mas uma união conjugal e musical de pessoas e artistas sujeita a todos os conflitos de opinião e atitudes inevitáveis a qualquer banda. Com o fim do casamento entre os dois casais, a banda acabou no início dos anos oitenta tornando-se apenas uma boa banda do passado e mesmo com as intermináveis propostas milionárias para uma re-união da banda, eles eram categóricos: preferiam serem lembrados pelo oque tinham sido antes do que se tornarem covers de si mesmos.

Músicas para cantar embaixo do chuveiro:

Money, Money, Money

The Winner Takes it All

Gimme! Gimme! Gimme!

       É isso pessoal. Desculpem a demora para postar, mas meu computador não queria trabalhar ontem. Até terça-feira e aquele abraço!

Felipe Essy