sábado, 22 de dezembro de 2012

Trilhando a Trilogia do Anel - Parte I


        Buenas pessoal, o filme do Hobbit já está em cartaz e é tempo de curtir as obras de J.R.R.Tolkien. Para continuar o ciclo de postagens sobre o filme, começo hoje as análise dos filmes do Senhor dos Anéis, começando pela Sociedade do Anel. Após a análise da trilogia, eu obviamente farei uma sobre o Hobbit, mas utilizando o filme como referência para explicar a obra, assim como estou fazendo com as do Senhor dos Anéis, logo não pretendo postar a análise do novo filme em seguida por que não é um texto dizendo para você assistir o filme, mas comentários e explicações sobre detalhes dele, sendo assim preciso que os leitores já tenham assistido o filme.

         Eu decidi dividir a postagem sobre a Sociedade do Anel em duas partes por que ficou muuuito grande, isso que falei só de algumas curiosidades, mas não se preocupem que posto a segunda parte ainda essa semana. Também resolvi colocar um glossário no final da postagem pelo grande número de nomes e referências. Então vamos lá!



A  O R I G  E M    D O  U M  A N É L  E  D O S  O U T R O S  A N É I S  D O  P O D E R

         O livro do Senhor dos Anéis começa com o famoso poema que conta a história dos anéis do poder, do mesmo modo o filme começa falando um pouco dos anéis, mas muito pouco além do que dizem os versos.

          O antigo mestre de Sauron, Melkor, havia sido derrotado. Sauron então decide se tornar o Senhor do Escuro e cria um plano para dominar todos os povos da Terra- Média facilmente. Ele se disfarça como um elfo sob o nome de Annatar  (“Senhor das Dádivas”, em élfico) se apresentando como emissário dos deuses para Celebrimbor, decendente do halidoso artesão Feanor . Ensinando conhecimentos e técnicas secretas para Celebrimbor forjar jóias mágicas que protegeriam a Terra-Média de todo o mal, Sauron o convence a cria os anéis do poder. Os anéis são:


Os Sete Anéis dos Anões: Esses anéis geram riqueza, no entanto envenenam o portador com uma cobiça sem limites.

Os Nove Anéis dos Homens: Quando utilizados ao mesmo tempo, os anéis conferem invisibilidade e domínio sobre outros humanos. Os reis dos homens acabaram controlados por Sauron e nunca mais tiraram os anéis, tornando-se permanentemente invisíveis e conhecidos como os Espectros do Anel.

Há também os três anéis dos Reis Elfos:

Nenya : Adornado com um diamante, é o anél da Água utilizado por Galadriel para proteger Lothlórien dos efeitos do tempo.

Vilya: Adornado com uma safira, é o anél do Ar. O mais poderoso dos três, também é usado para preservar a beleza e harmonia nas terras dos elfos.

Narya: Adornado com um rubi, é o anél do Fogo. Dado à Gandalf pelo portador anterior, é utilizado pelo mago para acender a coragem no coração dos seres.


      Sauron apenas ensina o elfo a produzir tais anéis para que ele pudesse forjar um anel para comandar todos os outros e quem os usasse, podendo assim controlar todos os povos da Terra- Méida através de seus governantes, no entanto Celebrimbor descobre e desmascara o plano de Sauron, avisando todos portadores dos anéis, mas infelizmente era tarde para os reis dos homens que não mais conseguiram tirar seus anéis e viraram os terríveis Nazgûl.

Sauron então decide partir para a ofensiva, mas acaba derrotado pelos remanescentes dos homens e elfos.

A r a g o  r n :  u m   g u a r d i ã o ?

         Frodo, Sam, Merry e Pippin vão para a estalagem do Pônei Saltitante na vila de Bri. Chegando lá, eles encontram Aragorn. O dono da estalagem diz que ele é um dos “guardiões” que rondam a região. Aí fica a pergunta óbvia: guardiões do que? Apesar de Aragorn realmente fazer parte de um grupo de guardiões, ele não é chamado por essa palavra no texto original, pois na verdade os homens de Bri não sabem que ele e seus homens guardam alguma coisa, mas sim pela palavra “ranger” que é como se chama nesse contexto um indivíduo que vive quase como um nômade e tem grande conhecimento de sobrevivência em lugares ermos e selvagens, que sabe distinguir ervas, se orientar pelas estrelas e coisas do tipo, exatamente como Aragorn que guia os hobbits pelas terras selvagens do noroeste da Terra-Média. No livro Aragorn comenta o uso pejorativo dessa palavra pelos homens que não reconhecem a proteção que ele e os demais Dúnadan lhes dão.

       São chamados de Dúnadan os descendentes dos Homens que habitavam o antigo reino de Númenor, uma ilha abençoada entre a Terra-Média e o reino dos deuses. Os homens que lá moravam, viviam até quatro vezes mais do que um homem comum. Uma civilização muito desenvolvida, mas assim como a famosa Atlântida, eles tornaram-se soberbos e ofenderam os deuses sendo punidos com a destruição de sua morada. Os descendentes dos sobreviventes vieram para a Terra-Média e fundaram os reinos de Arnor no Norte e o de Gondor no Sul, porém após a morte de Isildur Arnor e Gondor distanciaram-se e o norte acabou caindo sob a sombra do Rei Bruxo até que Gondor derrotasse suas forças. Após a expulsão dos servos de Sauron, Valandil junto de outros descendentes dos reis de Númenor vigiou seu antigo domínio nos campos do Norte discretamente enquanto Gondor continuava a guardar o sul. Por isso os Dúnadan são guardiões.

 O  T O P O   D O  V E N T O

        Durante a travessia dos campos de Eriador, Aragorn leva os hobbits até as rúinas da antiga torre de vigia de Amon Sûl no Topo do Vento. Após os remanescentes de Númenor fundarem seus dois reinos na Terra-Média e perderem seu domínio no norte para o Rei Bruxo de Angmar, Gondor manda erguer uma muralha e fortes ao longo da cordilheira de picos próxima a Amon Sûl para fazer resistência contra Angmar. No capítulo “Uma Faca No Escuro”, Aragorn comenta que o antigo rei de Gondor, Elendil, esperou Gil-Galad, o Rei-Elfo, para se encontrarem e formarem a Última Aliança entre Elfos e Homens que derrotou as forças de Sauron antes da Guerra do Anel.

O S  T R Ê S  T R O L L S


       Aragorn e os hobbits deixam o Topo do Vento fugindo dos espectros e para levar Frodo para Valfenda. Na cena em que eles param numa floresta antes da chegada de Arwen, é possível ver a figura de três trolls em pedra no fundo. Esses trolls são os mesmos que Bilbo cita na história que conta no filme para alguns pequenos hobbits na sua festa de aniversário sobre sua aventura com os anões. No livro, Aragorn e os hobbits estavam à procura da trilha para Valfenda e acabaram encontrando uma antiga toca de trolls: uma câmara de pedra abandonada com alguns vasos e ossos quebrados – onde Bilbo achara sua espada Ferroada e Gandalf a Glamdring, além da espada de Thorin, Orcrist.  Vale lembrar também que não é Arwen que socorre Frodo, mas sim Glorfindel, um elfo poderoso da casa de Elrond que assim como Gandalf também perecera lutando contra um Balrog e retornou para completar sua jornada contra as forças das trevas.

O  C O N S E L H O  D E  E L R O N D

       Eu sugiro a leitura desse capitulo para quem não lembra mais de algumas coisas e pouca coisa é diferente no filme em relação ao livro nessa parte, a não ser que Gimli não é tão burro a ponto de golpear o anel com seu machado, mas como sabemos para um filme ser um “blockbuster”, ele precisa de personagens cômicos,  enfim: Algo interessante de comentar é que quatro dos anões da comitiva de Bilbo que aparecem no filme do Hobbit estão no conselho, um deles é Glóin, pai de Gimli. Outra coisa que o filme não explica bem é o porquê de todas aquelas pessoas terem ido ao conselho. Por uma “manobra do destino”, cada grupo de cada raça da Terra-Média foi motivado a procurar a Última Casa Amiga: Legolas vem informar que Gollum, até então prisioneiro de seu povo na Floresta das Trevas, fugiu. Boromir procura os conselhos de Elrond sobre um estranho sonho sobre a espada quebrada e que um sinal seria revelado. Os Anões foram a Valfenda avisar Bilbo que ele estava sendo procurado pelos Espectros e também para se aconselhar contra a ameaça de Mordor. Outra coisa comentada é que Ori e Óin, dois dos anões que viajaram com Bilbo, haviam ido para Moria junto com o primo em segundo grau de Gimli, Balin, que também participara da comitiva de O Hobbit


          Bem pessoal, a primeira parte sobre a Sociedade do Anel termina aqui. Lembrando que vou postar a segunda parte ainda essa semana, tendo separado ela pelo fato de citar muito o livro Silmarillion, a obra mais complexa de Tolkien que explica toda a mitologia de seus livros. Então um abraço!


F. Essy

GLOSSÁRIO

Arnor - O reino dos Homens na Terra-Média no norte junto com Gondor no sul.
Amon Sûl - Colina onde está o Topo do Vento, antigo forte de Gondor.
Angmar - Nome dado a cidade dos homens de Arnor após seu rei se tornar um dos Espectros do Anel.
Celebrimbor - Elfo descendente do famoso artesão Feanor.
Dúnadan - Nome dado aos homens descendentes dos habitantes do reino de Númenor.
Feanor - Famoso artesão elfico que criou as Silmarils e outros artefatos "mágicos" da Terra-Média.
Glóin - Anão da comitiva de Bilbo e pai de Gimli.
Melkor - O Valar (semi-deus) mestre de Sauron.
Númenor - O antigo reino dos Homens destruído por eles terem ofendido os deuses.

Continua em Trilhando a Trilogia do Anel - Parte II

Leia também:

Hobbit - A Produção
Hobbit - A Novela



2 comentários:

  1. O rei bruxo de Angmar não era rei de Arnor, ele foi um rei vizinho que tentou destruir arnor.
    Nenhum rei de arnor caiu sob domínio dos aneis de poder.

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    1. Olá, realmente me equivoquei: O Rei Bruxo era na verdade um senhor numenoriano e não de Arnor. Embora não seja especificada sua identidade, ele foi um daqueles que teriam caído sob a influência de Sauron durante a expansão de Númenórë na Terra-Média. Obrigado pelo puxão de orelha! ;)

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