Essa frase de Oswald de Andrade expressa bem a mistura cultural com um toque de ironia do movimento brasileiro que buscou acima de tudo uma arte sem amarras e pelo qual eu sou fascinado: A Tropicália.
Uma arte cheia de cor que transita sem medo entre as linhas que as pessoas insistem em colocar entre as coisas, mas que na verdade não existem. Não há linhas entre nada, nós é que as inventamos e os Tropicalistas souberam como ninguém desinventá-las ao seu bel prazer. Esse movimento foi tão rico que sua influência ainda está muito presente na arte atual, como nas obras de Romero Brito abaixo:
No final do post você pode conferir o trailer do documentário Tropicália, que estreia dia 14 Setembro. O filme fala desse movimento cultural que, na minha opinião, é o mais rico depois do Modernismo, pois expressa muito bem a alma brasileira: a cor nos sons, a fácil relação de coisas opostas e principalmente falar da desgraça com um sorriso ácido no rosto. Tudo isso através de vídeos da época e depoimentos dos tropicalistas Rita Lee, Tom Zé, Gilberto Gil e tantos outros que integraram a Tropicália.
Enfim, há muita coisa para se dizer, mas o principal é que vale a pena conhecer um pouco mais desse movimento tão interessante, mas por favor, não escutem a porcaria daquele disco chamado Tropicália que simboliza (e apenas simboliza) o movimento, mas sim o trabalho que os artistas que participaram dele estavam realizando na época como o disco do Caetano Veloso de 1968 ou o dos Mutantes do mesmo ano. Vejo vocês no cinema, pessoal. Aquele abraço!
F. Essy
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