Solumbrava, e os lubriciosos touvos
em vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calavam-se os gaiolouvos
e os porverdidos estriguilavam fientes.
"Cuidado, ó filho, com o Pargarávio prisco!
os dentes que mordem e as garras que fincam!
Evita o pássaro Júbaro e foge qual corisco
do frumioso Capturandam."
O moço pegou da sua espada vorpeira:
Por delongado tempo o ferogonista buscou.
Repousou então à sombra da tuntumeira,
E em lúmbrios reflaneios mergulhou.
Assim, em turbulosos pensamentos quedava,
Quando o Pargarávio, os olhos a raisluscar,
Veio flamiscuspindo por entre a mata brava.
E borbulhava ao chegar!
Um, dois! Um, dois! E inteira, até o punho,
A espada vorpeira foi por fim cravada!
Deixou-o lá morto e, em seu rocim catunho,
Tornou galorfante à morada.
"Mataste então o Pargarávio? Bravo!
Te estreito no peito, meu Resplenderoso!
Ó, gloriandei! Hosana! Estás salvo!"
E na sua alegria ele riu, puro gozo.
Solumbrava, e os lubriciosos touvos
Em vertigiros persondavam as verdentes;
Trisciturnos calavam-se os gaiolouvos
E os porverdidos estriguilavam fientes.
(Lewis Carroll, Alice através do Espelho, Edição comentada, Jorge Zahar Editor. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges, p. 143-144)
Você está maluco, pirado, perdeu um parafuso, mais vou te contar um segredo! As melhores pessoas são assim! *-*
ResponderExcluirEssa frase é linda =D
ResponderExcluir