sábado, 9 de outubro de 2010

Essa nova "Literatura"...

Boa tarde a todos... pelo menos aqui o Sol ainda brilha... Bem, sou acadêmico da FACOS, como consta lá embaixo e essa semana participei, ou melhor, assisti a uma palestra no Café Literário sobre essa nova Literatura infato-juvenil: Harry Potter, Percy Jackson (espero ter escrito certo) e Crepúsculo... Pessoalmente sempre tive certa indiferença com essas obras e sua qualidade, por vários motivos, mas já havia um tempo que me perguntava se eu eu realmente estava certo.
Foi então que a professora Ms. Naura Martins começou a problematizar algumas coisas: A maioria desses livros tem mais de 400 páginas e nenhum jovem se indispõe quanto a isso; Embora seja leituras "superficiais" (no sentido literal e não qualitativo da palavra), eles naturalmente conduzem a livros mais elaborados e negar essa literatura mais ascessível para procurar obras mais clássicas seria talvez um equívoco.
Tenho minhas dúvidas, é claro, mas o fato é que toda essa discussão me lembrou que o primeiro livro que eu realmente quiz ler (já havia lido Vidas Secas sem muito apreco da primeira vez) foi O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien. Não é um livro tão ascessível em termos de vocábulário a um iniciante, mas deixando certas coisas de lado, essa obra na época de seu lançamento era o equivalente a essas obras mais atuais e foi muito criticada (assim como muito lida) e frizo o fato de que foi justamente o enorme número de línguas fictícias criadas pelo autor e as inúmeras referências a sua paixão por Filologia (estudo histórico das línguas) que fizeram me interressar no curso de letras e no ramo da Linguítica, ciência que muito aprecio e que a maioria de meus colegas de curso (e alguns professores) odeiam o simplesmente não compreendem.
Agora a grande questão: Serátão ruim assim admitirmos que livros pseudo-crianças/adultos possam e devam começar a ler por livros realmente infato-juvenis ao invés de literatura clássica? Parece um tanto óbvio...

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